Quem será o inimigo após o colapso?
“Conheça o seu inimigo” (do antigo texto militar chinês “A Arte da Guerra”) é sempre um bom conselho ao traçar estratégias de segurança. No contexto de uma sociedade pós-colapso, isto também é verdade. Quem será seu inimigo?
Em primeiro lugar, serão “pessoas”.
Num cenário de catástrofe em larga escala com impacto na sociedade, quando a consciência das pessoas estiver a transitar da plena consciência para o desespero (e provavelmente antes disso em menor grau), haverá um estereótipo definitivo de indivíduo e grupo(s) que se tornarão seu maior risco para sua segurança geral.
Além de um exército invasor ou de um governo voltado contra seu povo, o inimigo será…
Eles serão em sua maioria “mais jovens”, a idade em que a maioria se sente poderosa e invencível.
Eles não terão se preparado de forma alguma. O conceito de preparação pode ter estado além das suas capacidades financeiras ou nunca lhes passou pela cabeça.
A atitude deles será (e tem sido principalmente) simplesmente sair e levar o que precisam, quando precisam. Este é o caminho mais fácil para eles, e eles estarão convencidos de que podem fazê-lo impunemente (invencíveis).
Muitos deste tipo já enfrentaram condições difíceis/duras nas suas vidas normais nas ruas e foram endurecidos por isso.
Eles estão acostumados com a violência.
Eles se unirão em grupos e se sentirão confortáveis com uma hierarquia de comando e controle. Eles gravitarão uns em torno dos outros e serão doutrinados em organizações (gangues).
Estas são as pessoas que mais deveríamos temer durante o pior cenário pós-colapso desastroso. Não me refiro ao medo no sentido de tremer de medo ou de dar respeito passivo, quero dizer o medo “lógico” ou a percepção de uma ameaça… algo para se preparar ou contra o qual ter um plano.
Planejar uma estratégia passiva, defensiva ou ofensiva para sobreviver a esse inimigo pode ser muito diferente do que você imagina. Este inimigo está pronto e disposto a exportar violência e não terá quaisquer escrúpulos em fazê-lo. Eles não são do tipo que batem educadamente na sua porta. Eles são do tipo que procuram presas propositalmente enquanto procuram oportunidades, fraquezas e vulnerabilidades.
“Se” alguma vez as coisas decaíssem ao ponto de uma grande parte da população imediata estar em desespero ou numa situação desesperada, há grandes probabilidades de que muitos preparadores (e outros) encontrem este inimigo. A questão é: o que você pode fazer para evitá-lo e o que fará se não puder?
É melhor planejar com antecedência os 'e se'. Também é melhor dar uma olhada em sua situação de fora, olhando para dentro. Em outras palavras, imagine como se você fosse um batedor da gangue ao passar por sua casa. Como você é para eles? Você é um alvo óbvio? Se sim, por quê? A sua casa ou local é facilmente visível e/ou vulnerável? Quais são as coisas que você pode fazer para criar mais impedimentos para que você possa ser ignorado?
Pergunte-se também o seguinte… O que você fará se um grupo de bandidos invadir sua casa por trás e pela frente com força avassaladora? Acha que isso não poderia acontecer? Invasões domiciliares acontecem o tempo todo, e nem estamos em situação de colapso!
Há muitas perguntas e ainda mais respostas para elas, todas dignas de muitas palavras e discussão. A intenção disto é convidá-lo a compreender e aceitar quem pode ser o seu maior inimigo, caso a nossa sociedade desmorone num monte de esterco.