PREPARAÇÃO: A PERSPECTIVA DE UM MORTARMAN
Benjamin Franklin disse uma vez: “Ao falhar na preparação, você está se preparando para falhar”. Em todos os aspectos da minha vida, fiz o meu melhor, com o que tinha na altura, para estar pronto para responder rapidamente às incertezas e mudanças da vida. É através do treinamento e de uma mentalidade preparada que podemos florescer em momentos de caos e, finalmente, dizer: “Ainda estou aqui”.
Um dos momentos mais assustadores da minha vida foi quando me tornei líder da seção de morteiros. A responsabilidade desta posição é tão grande – naquele momento, rapidamente comecei a desenvolver um profundo respeito pela formação, preparação e características e qualidades de liderança influentes. Eu não era, de forma alguma, o fuzileiro naval mais inteligente. No entanto, ninguém iria me superar - eles só poderiam trabalhar duro.
A maioria dos soldados de infantaria pensa que os morteiros enfiam algumas estacas no chão, fazem vodu, disparam tiros para o ar e magicamente pousam no alvo. No entanto, este não é o caso. É preciso tempo e dedicação total para aprimorar a arte de ser um Morteiro. Considero-me um homem de sorte por ter liderado alguns dos morteiros mais brilhantes e talentosos que o Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos já viu. Isso não aconteceu da noite para o dia. Em vez disso, nasceu de uma devoção rigorosa à proficiência em morteiros, táticas e orgulho de si mesmo e da seção. Nós nos mantivemos nos mais altos padrões em relação ao treinamento e preparação – sabíamos que quando o 11 fosse chamado para disparar, teríamos segundos para responder com tiros de morteiro altamente letais.
Durante este tempo, o padrão do Corpo de Fuzileiros Navais para uma grande mudança de deflexão/elevação do morteiro deveria ser concluído em 60 segundos, e uma pequena mudança de deflexão/elevação da argamassa em 35 segundos. Ao estabelecer a meta de ser a melhor seção de morteiros do Batalhão, praticávamos constantemente exercícios de morteiros e táticas de infantaria, caso não estivéssemos no campo de tiro. Através de excelente treinamento e orientação em nível de equipe, a seção de argamassa estava realizando grandes mudanças de deflexão/elevação em média 10 segundos e pequenas mudanças de deflexão/elevação em média 7 segundos.
À medida que a linha de tiro ultrapassava continuamente os limites em relação ao tempo até o alvo, o Centro de Direção de Fogo manteve a preparação geral por meio de treinamento de missão de fogo complexo (Illum Coordenado e SEADs), colocação adequada de morteiro (colocação e registro por meio de procedimentos de realinhamento de referência) e equipamento FDC à prova de falhas (placas de plotagem fazendo backup de LHMBCs e calibrando bússolas com um vetor).
Um dos momentos de maior orgulho da minha vida foi ver como os rapazes agiram no Afeganistão e como todo o seu tempo e dedicação ao treino valeram a pena. Seja disparando morteiros em combate ou atacando o inimigo como fuzileiros, um profundo respeito cresceu pelos homens sob meu comando – eu os amo. O nível de preparação estava fora de cogitação com esses homens. Tínhamos centenas de alvos pré-planejados e de plantão espalhados por toda a AO. Cada patrulha tinha um morteiro de 60 mm pronto para ser lançado, e os tubos eram montados convencionalmente a partir de bases de patrulha que rastreavam o movimento. Em detrimento do inimigo, estávamos constantemente prontos e constantemente preparados.
Uma mensagem especial para os Mortarmen da 2/4 Echo Company: Vocês me tornaram um homem melhor e tenho sorte de ter sido enviado com vocês.
Esperamos que você tenha encontrado algumas informações interessantes e úteis neste artigo. Você tem alguma outra ideia de preparação para iniciantes? Ou você usou alguma das informações deste artigo para iniciar sua própria jornada de preparação? Deixe-nos saber nos comentários abaixo.
Texto traduzido e adaptado do site: Fieldcraft Survival.